Poxa, estou feliz da vida! Mais uma rodada do Blog BVIW e recebi outra Taça Ouro, dessa vez com a crônica "Senhora do meu tempo", cujo tema foi: "Acabe logo com isso". Só tenho que agradecer os 10 votos recebidos da maioria das escritoras participantes. Muito obrigada! Abaixo, a crônica premiada:
SENHORA DO MEU TEMPO
"Acabe logo com isso", ordenou em tom de ameaça. Justo eu, que não costumo agir sob pressão! Como acabar logo, se mal estava começando? E ainda tinha outras tarefas a executar, além da crônica inacabada, cujo rascunho ficou sobre a escrivaninha. Adiantei meu trabalho o quanto pude e ele me olhando sem paciência, insensível como todo algoz! Quisera eu mandá-lo às favas e fazer tudo a meu bel prazer, ignorando sua existência. Anos a fio me "torrando a paciência" e eu ali, aguentando firme! Tá certo que nem sempre me calei. Algumas vezes reagi, taxei-o de implacável, tirano, déspota, incapaz de voltar atrás. Mas ele fazia "ouvidos de mercador" e continuava à minha espreita, sem dar trégua! "Ainda está ai?" "Não percebe que está atrasada?" "Já são 9 horas!" Haja paciência! Como não ficar estressada diante de tanta pressão? Um dia ainda digo basta e acabo com essa história! Meu instinto libertário ansiava por isso! Numa segunda feira daquelas "brabas", eis que o dito cujo veio apitar na minha idéia! Foi demais para mim! Era ele ou eu! Estávamos no limite do suportável e diante do fim de um dos dois, que fosse ele! Não pensei duas vezes: peguei o despertador que estava sobre o criado mudo, abri a janela e o atirei longe! Pronto! Meu objeto de tortura diária espatifou janela abaixo! Agora, posso dizer que sou senhora do meu tempo!"
SENHORA DO MEU TEMPO
"Acabe logo com isso", ordenou em tom de ameaça. Justo eu, que não costumo agir sob pressão! Como acabar logo, se mal estava começando? E ainda tinha outras tarefas a executar, além da crônica inacabada, cujo rascunho ficou sobre a escrivaninha. Adiantei meu trabalho o quanto pude e ele me olhando sem paciência, insensível como todo algoz! Quisera eu mandá-lo às favas e fazer tudo a meu bel prazer, ignorando sua existência. Anos a fio me "torrando a paciência" e eu ali, aguentando firme! Tá certo que nem sempre me calei. Algumas vezes reagi, taxei-o de implacável, tirano, déspota, incapaz de voltar atrás. Mas ele fazia "ouvidos de mercador" e continuava à minha espreita, sem dar trégua! "Ainda está ai?" "Não percebe que está atrasada?" "Já são 9 horas!" Haja paciência! Como não ficar estressada diante de tanta pressão? Um dia ainda digo basta e acabo com essa história! Meu instinto libertário ansiava por isso! Numa segunda feira daquelas "brabas", eis que o dito cujo veio apitar na minha idéia! Foi demais para mim! Era ele ou eu! Estávamos no limite do suportável e diante do fim de um dos dois, que fosse ele! Não pensei duas vezes: peguei o despertador que estava sobre o criado mudo, abri a janela e o atirei longe! Pronto! Meu objeto de tortura diária espatifou janela abaixo! Agora, posso dizer que sou senhora do meu tempo!"
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