PATRÍCIA é jornalista e assina POETA. Eu sou ANGELA, Pedagoga e assino RAMALHO (o que não deixa de ter também a sua poesia). Fico pensando como seria divino assinar "Poeta" depois do nome. Até fiz uma poesia sobre isso! Esse blog é um espaço onde brinco com as palavras, fazendo aquilo que gosto. E o que eu gosto mesmo é de fazer poesias! Portanto, embora não seja PATRÍCIA, eu sou POETA!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

PARA BOM ENTENDEDOR...


Para bom entendedor, um pingo é letra e um risco é Francisco. 

Mas, cá pra nós, tem pingo que não é letra coisa nenhuma e muito risco que é Antonio, João, Pedro e se formos aprofundar, ninguém nunca ouviu falar do tal Francisco. Começo fazendo essas profundas reflexões, porque nessa vida de meu Deus encontrei poucos a quem pude classificar de bons entendedores. 

Não me refiro a bom entendedor como sendo aquela pessoa que executa com competência seu ofício. Se assim fosse, o sapateiro da esquina seria bom entendedor, pois conserta sapatos como ninguém. Mas converse com ele sobre outras coisas e ele ficará no ar e lhe responderá por monossílabos, encabulado.

Então você está pensando: bom entendedor tem a ver com nível cultural. Nem sempre! Eu posso ser bom entendedor sem ter passado sequer um único dia pela escola. Somente com a sabedoria da vida. Aquela que a gente acumula na vivência, no contato com outras pessoas, ouvindo, selecionando, aprendendo. Selecionar é fundamental (isto me serve, isto não me serve) e implica em entender os porquês daquilo que se aceita e principalmente do que se rejeita. 

Tem uma senhorinha que mora na rua de casa. Ela deve ter perto de 80 anos. Lúcida, ativa, questionadora. Entende como ninguém tudo o que lhe é dito e pega as coisas no ar. Presumo que não tenha o diploma do Ensino Fundamental das séries iniciais, mas para mim ela é o que chamo de boa entendedora. E bota boa entendedora nisso!

No entanto, conheço pessoas com graduação, pós-graduação, anos e anos de prática em suas funções (e normalmente são funções que exigem certa liderança), mas quando lhes é explicado algo, demoram a captar a mensagem e muitas vezes se irritam quando perguntamos: Precisa desenhar? Pior, pois tem aquelas que nem desenhando entendem. 

Talvez essas pessoas não foram criadas com o hábito de refletir sobre as coisas. Ou não tiveram curiosidade na infância. Ou tiveram quem fizesse tudo por elas, inclusive pensar. E então, se acomodaram.

Seja o que for, as coisas acontecem nesse mundo numa velocidade estrondosa. Urge que aprendamos a observar, a raciocinar e a selecionar. Ou então seremos arrastados pela correnteza.

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