PATRÍCIA é jornalista e assina POETA. Eu sou ANGELA, Pedagoga e assino RAMALHO (o que não deixa de ter também a sua poesia). Fico pensando como seria divino assinar "Poeta" depois do nome. Até fiz uma poesia sobre isso! Esse blog é um espaço onde brinco com as palavras, fazendo aquilo que gosto. E o que eu gosto mesmo é de fazer poesias! Portanto, embora não seja PATRÍCIA, eu sou POETA!

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

POESIAS SENSUAIS - POESIA Nº 12 - ENLOUQUECIDA!

Essa poesia tem história. E quando digo que tem história é por 04 motivos: 

1. Foi a minha primeira poesia sensual e eu a fiz em 2007, para participar da Antologia "Sensualidade em prosa e Verso", organizada pela CBJE;

2. Tem história porque foi a minha primeira participação em antologias. Hoje são aproximadamente 40 antologias com a minha participação, desde 2007 até o momento;  

3. Tem história também porque foi a minha primeira publicação em livro. Antes disso, eu havia publicado apenas alguns poemas no Jornal Letras Santiaguenses (Santiago-RS).

3. E finalmente tem história pois foi a primeira vez que tive um poema de minha autoria selecionado pela CBJE entre as Melhores Poesias do ano e sendo incluído no Panorama Literário Brasileiro 2007/2008.  

Além disso, a sua composição também tem história. Lendo uma revista masculina, numa seção de cartas chamada "Fórum", me deparei com a carta de uma moça muito apaixonada, falando sobre uma tatuagem que faria no corpo, para eternizar seu amor. Essa carta me serviu de inspiração para escrever "Enlouquecida". 

ENLOUQUECIDA

Enlouquecida,
tatuei você em mim.
Por estas linhas grafadas em pele e sangue,
sua cara exposta como coisa minha:
Nascida, encruada, moldada, colada nas entranhas,
Num prá sempre que eu queria fosse eterno.
E se o eterno for enquanto dure,
Que dure infinitamente
essa loucura, essa vontade
de procurar o seu corpo
e me apropriar do seu desejo,
enquanto fêmea, mulher,
companheira, amante e
porque não dizer,
aquela que habita suas
fantasias mais intimas...
Aquela que perambula nos bordéis,
Nas noites, nas calçadas,
saciando desejos, nas madrugadas,
Matando sede e fome
de homem.

Enlouquecida,
me despi de todo pudor,
de toda falsa moral,
e fui ao seu encontro, qual fera no cio
Perdida e maliciosamente insana...
Você não esperava essa façanha,
De mim que sempre fui lugar-comum.
De repente, me mostro tatuada,
despudorada e nua,
feito mulher de rua,
enlouquecida prá ser sua,
e endoidar de vez,
satisfazendo o meu freguês.

Enlouquecida,
esqueço meus princípios,
meu senso crítico,
minha lucidez,
e um riso sarcástico
a minha boca invade,
quando penso
em como foi bom
ter te embriagado,
usado e abusado,
e ter te deixado
assim como eu:
enlouquecida!!!

 
Angela Ramalho

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