Eu queria ser uma fada. Eu disse ser fada, porque safada já sou. Mas queria viver no imaginário dos homens, cheia de encantamento, virar personagem de histórias cercadas de magia e luz. Eu queria (e até poderia) ser uma fada boazinha, mas também posso fazer o tipo fada safada. Vocês escolhem!
Que tal uma fada feiticeira, dessas que fazem os homens perderem o poder, bem na hora “h”? Depois ela apareceria, como uma heroína, salvando a todos. Aparecer e desaparecer: esse é o poder que as fadas tem e que eu daria a vida para ter!
Já imaginaram eu, pegando no flagra todos aqueles safadinhos que pulam a cerca? Ah, ser fada desse jeito, seria foda! Habitar o mundo oculto, saber das falcatruas, antecipar as maracutaias e pimba! Pegar no ato o salafrário (ou os salafrários) e castigá-lo (s) com a minha varinha mágica, fazendo valer a porção bruxa má que habita no meu interior! Dos políticos brasileiros, não me escaparia um! Aí sim!
Esse negócio de fadas reinarem em bosques e florestas não é para mim não. É para as fadinhas (ou fodinhas). Coisinhas pequenas. Eu quero movimento, agito, barulho e muita adrenalina. Quero saber o destino das pessoas, tascar uma varinha mágica e mudar tudo! E ai de quem não gostar do novo destino! Sem chance: ou é este ou nada! Faço virar pó em segundos!
E quando me der na telha, fico invisível. Venho cochichar no seu ouvido e você vai pensar que é a voz da consciência. E você lá tem isso, minha filha? Claro que não! Sou eu te aconselhando como boa bisca que sou! Ah, não acredita? Sou eu sim! Sou sua fada madrinha! A fada fodinha! Aquela que te transformou e te fez ficar assim tão safadinha!
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