Não sou Patrícia mas sou Poeta |
CRÔNICA DO DIA
By Angela Ramalho
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CONTO DE FADAS ÀS AVESSAS
E tanta coisa cabia naquele seu olhar descabido. Eu tentando entender e sem contudo, haver explicação. O silêncio, as entrelinhas e um mundo de interrogações a decifrar. Quem vai entender o que nunca foi dito, a ausência de conflitos, a sensação de normalidade que havia entre nós?
Vivíamos como se nos bastássemos a nós mesmos. Nada que viesse do mundo real poderia atrapalhar o casal ideal. Parecia que havíamos nascido um para o outro, tanta era a sintonia. Foram anos de entendimento, de sensações indescritíveis, de sentir-se amada e amando. E me parecia tudo tão bom!
Mas como em toda história de amor, chegamos ao “The end”. C’est fini. Acabou. E não fomos felizes para sempre. A carruagem não virou abóbora, nem o príncipe virou sapo. Apenas a ficha caiu. Ninguém vive de sonhos e quando se acorda, a realidade é bem mais cruel.
Mas agora vejo o que antes não via: meu conto de fadas já nasceu meio capengando, carecia de mais fundamento. E de mais a mais, ele não tinha cara de príncipe e muito menos eu tenho vocação para Cinderela.
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