Não sou Patrícia mas sou Poeta |
CRÔNICA DO DIA
By Angela Ramalho
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Eu sou a palavra e, se às vezes eu silencio, é porque sou ética e evito magoar quem me dá importância. No mundo da escrita costumo reinar soberana. Mas isso não costuma ser regra geral. Há quem saiba me usar bem e quem me deixe vermelha de raiva! Nos dois casos, procuro me posicionar, parabenizando quem me usa com maestria e manifestando minha indignação (mas procurando ensinar) a quem me fere.
Tem pessoas que escrevem uma frase e, por distração (ou outro motivo), pulam uma palavra, perdendo todo o sentido da frase. Bem feito! Quem mandou me ignorar? O contrário também acontece, ou seja, as pessoas repetem palavras uma, duas, três vezes ou mais em frases muito próximas e, às vezes, até na mesma frase, comprometendo todo o texto. Puro descuido!
Outras se perdem na conjugação do verbo haver e não sabem quando se escreve “à” ou “há” e sempre que isso acontece, fico triste! Custa fazer uma pesquisa no Google? Pior é quando resolvem citar uma frase de impacto, para enriquecer o texto e não sabem quem é o autor. Nesses casos, também uma pesquisa no Google ajudaria. Mas tem gente que apela para o “achismo” (eu acho que a frase é de fulano), colocando toda a credibilidade do texto a perder!
E os erros ortográficos? Coisa feia isso! Custa pedir para que me escrevam direitinho? Tantos sites com dicionário online e vocês nem sequer são capazes de fazer uma consulta! Depois não querem que eu fique brava!
Mas eu sofro também com outros erros: uso de crase, pontuação, “gerundismo” (esse vou escrever uma crônica só para ele) e outras regrinhas da nossa Língua Portuguesa que me fazem perder a cabeça quando são desrespeitadas!
Viram como é difícil a vida das palavras?
P.S.
Escrevi essa crônica inconformada com os erros de português cometidos por cronistas na net. Optei por um texto impessoal e tentei imaginar os sentimentos de uma palavra (ou várias) diante de erros ortográficos que considero absurdos. Não quero ser a palmatória do mundo, mas como educadora e como cidadã brasileira, defendo a língua pátria com unhas e dentes. Ou melhor, com palavras. E palavras indignadas, como as da crônica acima. Penso que um povo que não sabe defender a língua-pátria, também não saberá o que é soberania, amor-próprio, auto-estima e, principalmente, a importância dos valores em meio aos quais vive. Por essas razões e por querer defender a cultura brasileira, defender os nossos valores e as nossas especificidades é que parei para escrever esse texto. Sei que isso é "café pequeno" diante de tantas outras questões que envolvem esse país. Mas se o queremos valorizado, devemos começar por aqui: falando e escrevendo corretamente a nossa língua. Morrerei pelo direito de defender o que penso e o que penso é exatamente o que escrevi na cronica acima, nem uma linha a mais, nem a menos.
Escrevi essa crônica inconformada com os erros de português cometidos por cronistas na net. Optei por um texto impessoal e tentei imaginar os sentimentos de uma palavra (ou várias) diante de erros ortográficos que considero absurdos. Não quero ser a palmatória do mundo, mas como educadora e como cidadã brasileira, defendo a língua pátria com unhas e dentes. Ou melhor, com palavras. E palavras indignadas, como as da crônica acima. Penso que um povo que não sabe defender a língua-pátria, também não saberá o que é soberania, amor-próprio, auto-estima e, principalmente, a importância dos valores em meio aos quais vive. Por essas razões e por querer defender a cultura brasileira, defender os nossos valores e as nossas especificidades é que parei para escrever esse texto. Sei que isso é "café pequeno" diante de tantas outras questões que envolvem esse país. Mas se o queremos valorizado, devemos começar por aqui: falando e escrevendo corretamente a nossa língua. Morrerei pelo direito de defender o que penso e o que penso é exatamente o que escrevi na cronica acima, nem uma linha a mais, nem a menos.
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