PATRÍCIA é jornalista e assina POETA. Eu sou ANGELA, Pedagoga e assino RAMALHO (o que não deixa de ter também a sua poesia). Fico pensando como seria divino assinar "Poeta" depois do nome. Até fiz uma poesia sobre isso! Esse blog é um espaço onde brinco com as palavras, fazendo aquilo que gosto. E o que eu gosto mesmo é de fazer poesias! Portanto, embora não seja PATRÍCIA, eu sou POETA!

sábado, 15 de novembro de 2014

HOMENAGEM A MANOEL DE BARROS


Escolhi o POEMA SOBRE O NADA de MANOEL DE BARROS, para homenagear o poeta que nos deixou mais órfãos da poesia nesse 13/11/2014, aos 97 anos.

Com esse texto o poeta - do nada - extraiu tudo. Ele que sabia como ninguém compor versos sem pecado, embora eu (e tantos outros leitores) admirávamos até (e principalmente) seus versos mais impregnados de pecados (se é que ele os tinha).

Poeta que manifestou em sua biografia a vontade de “querer fazer brinquedos com as palavras” e conseguiu!  Aqui estou nessa manhã de sábado deleitando-me com um de seus “brinquedos”. Nesse em especial, ele nos diz que “só a poesia é verdadeira” diante de tantas maneiras “sérias” de não se dizer nada. Nesse ele deseja que “nenhuma palavra fique desamparada do ser que a revelou” ou seja, não devemos deixar nossas “crias” desprotegidas, uma vez que elas possuem o nosso DNA, como bem disse certa vez Aline Romariz, (Presidente do Portal do Poeta Brasileiro e da Academia de Letras que leva o mesmo nome).

Não satisfeito das profundezas do seu “nada” esse Manoel que me inquieta e me deixa sem fôlego ao refletir sobre suas falas, apresenta-nos mais um de seus desejos: “Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos”. Confesso que nunca li algo mais sublime que isso!

E ele não precisou mesmo do fim para chegar. Chegou antes (e bem antes) no topo da sua merecida gloria! Finaliza o poeta dizendo: “Do lugar onde estou, já fui embora”. De onde podemos concluir que ele não era mesmo desse tempo. Estava muito adiante.

Mas podemos concluir também que ele não se foi, que nunca nos deixará, imortalizado na magnitude de sua palavra. Acredito que o verbo usado por ele no tempo presente (“do lugar onde estou”) o manterá entre nós, mesmo que a matéria se decomponha!





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