PATRÍCIA é jornalista e assina POETA. Eu sou ANGELA, Pedagoga e assino RAMALHO (o que não deixa de ter também a sua poesia). Fico pensando como seria divino assinar "Poeta" depois do nome. Até fiz uma poesia sobre isso! Esse blog é um espaço onde brinco com as palavras, fazendo aquilo que gosto. E o que eu gosto mesmo é de fazer poesias! Portanto, embora não seja PATRÍCIA, eu sou POETA!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

CARTA DE UMA BRASILEIRA POR OCASIÃO DE NOSSA INDEPENDÊNCIA

CARTA DE UMA BRASILEIRA
(ou Hino da Independência comentado)

Sinto dizer, mãe querida, mas nós, "os filhos da pátria" ainda não podemos vê-la contente. Embora tenha raiado a liberdade nas terras tupiniquins, a "brava gente brasileira" - que convenhamos - nem é tão brava assim, continua subserviente e hoje teme outras ameaças. Não se morre mais pelo Brasil por coragem ou patriotismo, mas no Brasil se morre às pampas: de bala perdida, na fila do SUS, nas enchentes, de assalto à mão armada, de fome, de frio ou em tiroteios, em plena luz do dia. Ainda não nos livramos daqueles "grilhões que nos forjavam". Apenas foram substituídos por outros, tão astutos e ardilosos quanto e atualmente continuamos à mercê de suas perfídias. Quem tem dinheiro manda e desmanda nessa terra de ninguém. E posso lhe garantir, minha mãe, que hoje em dia não há "mão mais poderosa" por aqui.  Se antigamente o povo brasileiro estava em condições de zombar de alguém, hoje somos alvo de zombaria, principalmente quando o assunto é corrupção, lavagem de dinheiro ou dólares em cuecas. Falanges continuam atacando por aqui, sejam elas impias ou não. Quando aparecem, é um tal de "salve-se quem puder" pois continuam amedrontando e revelando a hostilidade de suas faces. Seria demais esperar que nossos peitos e nossos braços, fracos e desnutridos, ainda servissem como muralhas. O "garbo juvenil" foi-se com o passar dos anos e até tu, mãe gentil, perdeste muito da frescura e vigor de outros tempos. Apesar de tudo, ainda "resplandeces entre as nações" do universo, mas uma coisa eu vos digo: nem Evaristo da Veiga, muito menos D. Pedro I teriam palavras para relatar o que hoje se passa sob nossas vistas. Perdoe-me mãe, mas nem tu continuas sendo gentil para com teus filhos. Submete-os à duras penas, altos impostos, juros exorbitantes, e agora, o "fantasma" da inflação galopante, que volta a nos assombrar. Resta-me apenas assinar esta missiva que escrevo com o coração partido. Bem que queria dar-te boas novas, mas o que vejo é o que está posto e assino embaixo: 
Uma filha tua, uma brasileira.

By Angela Ramalho
Imagem Google

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