PATRÍCIA é jornalista e assina POETA. Eu sou ANGELA, Pedagoga e assino RAMALHO (o que não deixa de ter também a sua poesia). Fico pensando como seria divino assinar "Poeta" depois do nome. Até fiz uma poesia sobre isso! Esse blog é um espaço onde brinco com as palavras, fazendo aquilo que gosto. E o que eu gosto mesmo é de fazer poesias! Portanto, embora não seja PATRÍCIA, eu sou POETA!

domingo, 17 de agosto de 2014

VOTO ABORTADO!




Eu estava propensa a votar em Eduardo Campos. Era uma pessoa que me passava confiança, tinha carisma e me transmitia boas impressões. Mas abruptamente minha possibilidade de voto foi abortada. Campos era um embrião com grandes possibilidades de desabrochar e surpreender. No entanto (e há quem diga que de forma induzida), recebo a noticia de sua morte em trágico acidente de avião.

Fico pensando a quem interessaria abortar o meu voto e o de tantos brasileiros que, como eu, viam em Campos uma nova possibilidade, uma nova esperança para um Brasil tão desesperançado. O que haveria por trás, nos bastidores da política?

Quem me conhece sabe que não gosto de pisar nesse terreno. Eu me coloco agora no lugar dos filhos de Eduardo Campos. Terão que crescer pensando que a morte do pai foi um acidente de avião. São jovens, mas talvez morram sem o saber, pois quem faz esse tipo de “serviço” recebe bem para fazer bem feito. Não deixarão pistas, a caixa preta não registrou nada e a lei que Dilma sancionou dificultará as investigações. 

Do mesmo jeito que a Bíblia diz "quem tem ouvidos para ouvir, que ouça" eu digo: "quem tem cabeça para entender, que entenda". Onde está a verdade?”. É sabido que verdades "se plantam", "se inventam". Interesses escusos fazem com que determinados fatos se perpetuem como "verdades". 

A morte de Juscelino Kubitschek em agosto de 1976 foi somente um acidente de carro na Via Dutra? A morte de Tancredo Neves, um dia antes de sua posse, foi mesmo diverticulite? O acidente que matou Ulysses Guimarães, quem poderá afirmar que foi realmente uma fatalidade? Ora, não sejamos tão ingênuos a ponto de acreditar em Papai Noel. Prefiro o posicionamento dos que sabem que, a qualquer momento o lobo pode engolir a avó. Principalmente quando a avó coloca-se como um obstáculo aos seus ambiciosos projetos.

A história dirá um dia. Ou não dirá e pensarão que somos todos loucos: eu e os filhos de Campos (ou os filhos de tantos outros brasileiros que se foram e cuja morte não lhes foi desvendada). Traça-se um plano, monta-se um cenário e a morte acontece. Registram-se os fatos na mídia, no inquérito policial, nas averiguações de praxe, de forma a querer nos convencer: Foi assim. E a vida segue. Um dia, sei lá daqui a quantos anos, uma reviravolta: não foi assim, foi assado. 

Estou sem fala. O domingo está cinzento, para combinar com a minha dor e com a dor de tantos. Sem querer, sem pedir, fui arremessada ao passado. Já vi esse filme e asseguro-lhes: Não há o que faça passar essa dor! 





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