PATRÍCIA é jornalista e assina POETA. Eu sou ANGELA, Pedagoga e assino RAMALHO (o que não deixa de ter também a sua poesia). Fico pensando como seria divino assinar "Poeta" depois do nome. Até fiz uma poesia sobre isso! Esse blog é um espaço onde brinco com as palavras, fazendo aquilo que gosto. E o que eu gosto mesmo é de fazer poesias! Portanto, embora não seja PATRÍCIA, eu sou POETA!

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

IDEOLOGIA


                               “Ideologia, eu quero uma pra viver” (Cazuza)

Há quem justifique seu voto fundamentado em ideologias. Essa palavra tem vários significados, mas no senso comum ela deriva de ideal. A pessoa, por um ideal, defende um conjunto de ideias, pensamentos, doutrinas ou visões de mundo individuais ou coletivas, orientada por ações sociais e/ou politicas.
Alguns autores criticam o termo, considerando-o objeto de dominação, uma vez que a ação pressupõe convencimento, persuasão, levando à alienação consciências humanas. Karl Marx associou o termo aos sistemas políticos, morais e sociais ligados à classe dominante. Segundo ele, a ideologia da classe dominante era manter os mais ricos no controle da sociedade. Começou aí a “briga” entre pobres e ricos.
Já vimos, historicamente, ideologias de todos os tipos. Tivemos a ideologia fascista, implantada na Itália e Alemanha, nas décadas de 30 e 40; a ideologia comunista implantada na Rússia (e outros países), que visava a implantação de um sistema de igualdade social; a ideologia democrática surgida em Atenas, na Grécia Antiga, cujo ideal era a participação dos cidadãos na vida política; a ideologia capitalista, surgida na Europa, ligada à burguesia, visando o lucro e o acúmulo de riqueza; a ideologia conservadora, que tem como máxima a manutenção de valores morais da sociedade; a ideologia anarquista, defensora da liberdade e que prega a eliminação do estado e das formas de controle de poder e a ideologia nacionalista, que exalta e valoriza a cultura do país.
Existem ideologias políticas, religiosas, econômicas e jurídicas.
Embora muitas sejam defendidas “com unhas e dentes”, ideologias não possuem fundamentos científicos. Não existe uma metodologia capaz de comprovar a exatidão dessas ideias. E o mundo foi caminhando cercado de grupos defensores desta ou daquela ideologia. De um grupo tentando convencer outro, surgiram as guerras e as barbáries de toda ordem.
Desde que o mundo é mundo existem confrontos ideológicos e ideologias dominantes, ou seja, temos os grupos que detém a hegemonia do poder e os grupos dominados subordinados a eles.
O que está havendo atualmente na política brasileira reflete uma verdadeira “guerra” de ideologias. A eleição no Paraná e em muitos estados brasileiros mostrou uma tendência à ideologia conservadora. A ligação do partido que detém o poder com os países socialistas, a remessa de numerários de caráter “sigiloso” enviados a esses países, gerando investimentos em obras de infraestrutura (sendo que no Brasil há carência de investimentos nessas áreas), a ligação estreita com Cuba, todas essas questões aliadas a uma corrupção alarmante, fizeram vir à tona o caráter conservador de uma geração que quer o país de volta. O recado dado nas urnas ao PT diz claramente o seguinte: não era isso que esperávamos de vocês!
Marina Silva não foi carismática o suficiente para emplacar um segundo turno e Dilma mais uma vez errou o alvo. Bateu sistematicamente em Marina deixando Aécio livre. Se há uma coisa que mineiro sabe como ninguém é “comer pelas beiradas”. Aécio tem carisma, experiência e como ele bem diz, “está preparado”. Levou a melhor no primeiro turno e agora ameaça a hegemonia do grupo dominante.
O grupo de Aécio é moderado e democrático, mas é “rotulado” pelos partidos de esquerda como defensor da ideologia capitalista. Ligam-no à burguesia, que visa o lucro e o acúmulo de riquezas.
Ora, vemos os grandes lideres dos partidos de esquerda não somente no Brasil, como nos demais países socialistas, acumularem riquezas de toda ordem. E onde é que fica a ideologia? Um de seus fundamentos não é a igualdade social? Descaradamente roubam, roubam e roubam, para ficarem cada vez mais ricos e aspirarem a uma condição social aonde? Pasmem: na classe dominante! A burguesia que tanto condenaram é o fim almejado por todos. O “sonho de consumo” da esquerda é a burguesia! E pode-se saber com que moral condenam a elite burguesa?
E agora uma perguntinha básica: onde fica o povo?
Volto ao início desse texto, exatamente na parte mais polêmica em que alguns autores consideram o termo “ideologia” como objeto de dominação, “uma vez que a ação pressupõe convencimento, persuasão, levando à alienação consciências humanas”.
Nesse momento politico, as redes sociais estão repletas de defensores da ideologia de esquerda. Realizam um verdadeiro trabalho de “convencimento” tentando alienar os mais incautos. E se assim o fazem, é porque já foram “catequizados”, dominados, persuadidos, alienados. Brigam, lutam por um ideal no qual acreditam, mas não são capazes de enxergar o óbvio.
Um grupo pinta Aécio como o capeta. Por sua vez, os “de direita” veem em Dilma a personificação do demônio. Até a eleição, vai ser difícil transitar nas redes sociais. Eu, moderada convicta, que o diga! Já andei excluindo alguns perfis e configurando o Facebook para não receber atualizações de muitos petistas. Não quero guerra. Quero apenas manter meu direito de cidadã livre, que escolhe pela sua ideologia.
A mim não cabe a letra de Cazuza: “ideologia, eu quero uma pra viver”. Obrigada, eu já tenho!

Angela Ramalho


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