Ele pediu perdão as feias, mas nem assim deixou de ser amado por elas. Beleza é fundamental disse criando polêmica, embora não representasse necessariamente o padrão de um homem belo. Tinha lá os seus encantos. E como os tinha!
Poeta que cantou o amor em todas as suas formas, procurou (e achou) qualquer coisa de dança em suas musas, qualquer coisa de haute couture, mesmo naquelas que aparentemente eram tão iguais. Não! Havia algo que as tornava belas, um detalhe, um toque, um olhar de soslaio.
Quem senão um poeta poderia contar o terceiro minuto da aurora e saber que cor ele produziria num rosto de mulher?
Dono de um sentir além da pele, uma sensibilidade atroz, desnudada no olhar ávido e desejoso do poeta, ao encontrar a musa perfeita, aquela que lhe renderia as melhores rimas.
Tanto entendia de mulher que deixou-nos uma receita. Teve belas e feias, com nádegas (estas eram importantíssimas) e olhos maliciosos, mas dotados de certa inocência. Nas bocas, admirava o frescor de juventude. Os corpos magros (ou nem tanto) precisavam despertar-lhe a libido, principalmente quando despontavam ossos como os da rótula ao cruzar das pernas.
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