OBS: Essa crônica não entrou no meu livro "De Abraços & Cheiros". A redatora achou que o assunto destoava dos demais temas e da delicadeza que ficou o livro. Concordei com a argumentação e deixei-a de lado. Mas hoje quando a li, achei-a engraçada e resolvi dividir o texto em primeira mão com vocês. Espero que gostem!
LEITURA NO VASO
Confesso que me é inusitado escrever sobre leitura no vaso, como também considero inusitado o hábito que algumas pessoas tem, de ler enquanto usam o banheiro. Esse tipo de vaso, para mim, serve apenas para receber os dejetos humanos e olhe que já é uma incumbência digamos, nada agradável.
Fico aqui imaginando o sujeito lá dentro, de calças arriadas, tentando executar o objetivo principal de estar ali, ou seja, a finalidade para o qual adentrou naquele recinto e, sem mais nem menos, resolve o dito cujo “folhear” uma revista enquanto o “negócio” não sai.
Fico pensando que tipo de leitura serviria para que “a coisa” fluísse mais suave e rapidamente, de forma que o sujeito não ficasse empacado lá dentro, impedindo os demais de usarem o banheiro. Sim, pois num local onde o uso do espaço é coletivo, há que se esperar o gosto e o tempo do indesejável leitor?
Fui à caça de informações sobre esse assunto e fiquei estarrecida. Não só existem pessoas com essa mania, como o mercado tem criado produtos próprios para esses consumidores, tais como assentos especiais, indicações de livros para se ler no banheiro, entre outras futilidades do gênero.
Há controvérsias e a prática da não-leitura no banheiro, durante a evacuação, é recomendada por médicos proctologistas, preocupados com o surgimento de hemorroidas devido à pressão “naquela” região (não me obriguem a dizer o nome...).
Portanto, meus amigos, ler no vaso não é bom. Tá certo que algumas leituras são uma “m” mas também não precisa radicalizar...
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